Um mistério arrebatador
Sem fim à vista,
levo, em minha essência,
uma chave amarela e alumiada,
com um jade verde e luminoso
no centro de um floreio esmerado e fino.
Quando abro a porta,
contemplo uma estrada de terra amarela,
coberta de pedras lisas, vermelhas e marrons,
as quais arremessam, no ar, os bramidos
de botas de galocha numa marcha sem-fim.
Essa estrada passa por entre duas cercas
e duas carreiras de capim verde
e de árvores de todas as alturas e larguras
— com galhos marrons e cinzas;
folhas verdes, amarelas e marrons;
e flores vermelhas, amarelas, rosas e brancas.
Toda essa maravilha natural e deslumbrante
tremula na passagem fresca do vento
— vento, que leva, para longe,
as folhas amarelas e marrons,
que, quando desprendem do vasto arvoredo,
oscilam ligeiramente
e vão se encontrar no horizonte montanhoso,
de onde emergem raios de luz laranja,
que se estendem pelo azul global do céu plácido.