Um sufocamento de saudade

Uma saudade quase sufocante

Quase de tirar o fôlego, de faltar ar, de tanta beleza

Foi assim que se fez brotar em mim

Menino ainda, a saudade de eu nem saber de quê

Olelê, meu pai

Meu velho e amado pai

Calado no cantinho de seu existir

Único, só nele capaz de ser

Que é isso que chamam saudade?

Eu, menino ainda, já sentia, sem saber

Olelê, que mais ser

Andar sem jeito, sem defeito, só prontidão

Olelê, que sê?

Só pensando, tá bom de pensar

Olelê

Um sufocamento de saudade

Olelê

É bom de ser

É bom de pensar