Á MINHA PROCURA

Da minha janela,

Vejo uma estrada,

Mais parece uma tela,

Que me leva ao nada.

Vou sair por essa estrada,

À minha procura,

Sem volta, sem parada,

Vou alimentar minha loucura.

Da minha janela,

Vejo flores,

E me perco olhando elas,

Acho até que não tem cores.

Seu perfume não contagia,

Sua pétala não me acalma,

Devo estar com anosmia,

Pode ser de algum trauma.

Da janela presto atenção,

Fecho os olhos meus,

Sinto que é uma provação,

Pois perdi a fé em Deus.

Sinto uma sensação de vazio,

Pois estou distante de Deus,

Quero encontrar meu caminho,

Voltar a ter FÉ em Deus...

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 07/01/2008
Código do texto: T806549
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