Vontade de nostalgia

Havia um sonho

Na esquina imaginária de uma juventude a renascer

Rebelde e maravilhosamente irresponsável

Sonhava o futuro esperando na virada da esquina

Quem eram esses seres que tumultuaram minha mente e

Caprichosamente irresponsáveis, como beduínos nas areias do Egito,

Atiçam o espírito do mistério e avançam como Napoleão à frente no campo batalha

Será o caleidoscópio ofuscante das luzes noturnas nas ruas desertas de Edgar Alan Poe que desfila com seu Corvo, nos braços trêmulos de absinto?

E se talvez for, igualmente agradável companhia, e companheiro, Van Gog apressado com sua orelha no bolso do paletó

Um sonho. Um desejo ardente de atravessar a rua e ver Pessoa às cargalhadas com Eça, da piada sem graça do velho marinheiro

Um sonho

Uma era de sonhos e possibilidades

Um tempo tão longe e perto

Lá e cá

Tudo a depender da vontade de nostalgia