(P/ Rubem Moura) 

Encontrei o dia para morrer.

Seria um em vários dias...

À meia hora de mim na infinidade de nós. 

O solavanco, no movimento do tranco.

A pluma leve da morfina,

nas mãos da enfermeira cáritas?

A ilusão que carrego, 

num rosto de menina?

Seria eu, chamado ateu?

Seriam os homens, 

com imortalidade vencida?

Mas, tão diferentes entre si...

Pudera fosse isso.

Mas creio, Deus!

Ante à face despida.

                                                     (16.05.24)