Relato

Meu verso não é de nada

Nem herói nem mocinho

Meu verso é como um focinho

Cheira do perto ao infinito

Meu verso é doente de amor

Toma remédio para as tardes

Arde de febre nas noites

Toma banho de tudo que é flor

Meu verso é cheio de mistérios

Ama as luas noite a dentro

Meu verso dança com o vento

Meu verso é um velho por dentro

Meu verso não é de nada

Perneta, feio, passarinho

Meu verso é um moço envergonhado

Chora escondendo o rosto.

Milton Antonios

15mai/2024

milton antonios
Enviado por milton antonios em 15/05/2024
Código do texto: T8063784
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