Diluvio de lágrimas

Estamos em tuas mãos,

Fluindo em suas águas sem fim...

Na mão do rio, minha reencarnação,

Sem anjo, e sem querubim...

O que será de mim? , eu te pergunto!

Mas de ti, não vejo sequer uma lágrima rolar!

Logo eu, que acreditava estarmos sempre juntos,

Vejo você aos meus sentimentos afogar...

O que será de mim? , Que será de ti?

Se minhas preces não puderem te alcançar.

As minhas matizes sempre entivem aqui,

Onde havia terra, há água no lugar...

Deixa-me acreditar na terra do trigo,

No Quero-quero num palmo de terra pousar.

No João-de-barro construindo o seu abrigo!

E a mim, ao meu lar poder voltar.

Dia 15 de maio de 2024, e a pós chegar a 5,25 metros ontem, o nível do Guaíba baixou na madrugada desta quarta e chegou a 5,21 metros, às 5h15. A água recuou em algumas ruas de Porto Alegre.

O número de mortos na tragédia está em 149, e há mais de 600 mil pessoas fora de suas casas.