vida
sentindo o veneno na minha circulação
os bichos agitados
o céu fechado roxinho
as pedras nos montes chorando
passo um café
busco alternivas discretas
pra ser mais leve nas minhas passadas
não machucar a coxa
nem pertubar a mente
eu que creio sem ser crente
vivo rompendo as correntes
e ainda sou muito calada
tornando as picadas de abelha
uma forma de beber mais da vida
lambendo as feridas
e dando mais mil passadas
adiante