ESTRELA CADENTE
Feito menina, olho para o céu, buscando respostas aos meus anseios e não encontro meios de ler no mapa dos cometas e asteróides, a certeza de concretizar os meus anseios.
Olhos nas constelações, busco encontrar teus olhos... Fito as galáxias, à procura do teu riso... que ecoa, como guiso, pendurado na ponta da lua minguante. Onde tu estás, senhor do meu poema, razão das minhas rimas? Onde estão as tuas mãos que ainda me tocam, ao sabor dos ventos? Procuro-te... procuro-te em meio ao horizonte infinito. Tão grande! Tão vasto! Tão inatingível.
Uma lágrima passeia-me no rosto, solitária. Peço aos anjos (sim, creio neles!) que te levem o meu beijo. Peço a Deus que te faça perceber o quanto fazes falta. Tremeluzem os astros, na amplidão... e, quando eu já penso que nem Deus me escuta, eis que me vem a resposta, no rastro de luz de uma estrela cadente.
E eu volto, meu amor, a acreditar que todos os meus sonhos ainda são possíveis.