FORMATO
Há uma árvore sobrevivendo
Ao cinza da praça
O cenário mudou
Já quase no fim da guerra
Vê - se noutra guerra eminentemente
Mais crua e duradoura já quase madura
Lamentável e previsível derrota
No início da rua o final d'aventura
Nem suspense nem ficção
No terror da história
Mas há um mistério
Cujo poucos inda querem o desvendar
Há trincheiras há vazios
Convicções e rumores
Na maioria o silêncio inda persiste
A um passo do oponente
Um soldado vislumbra o êxito
Mas bem sabe que quase vã é a resistência
Porque cresce o exército contrário
E abatê - lo não evidencia o triunfo
Entende - se que não importa
O tamanho da mão nem a destreza do tato
Nem a idade dos sonhos nem o que são
Lemranças nem previsões
E sim a velocidade dum toque
E na ponta do dedo não haverá mais gosto
Nem no ar haverá tal cheiro
Nem o ruído de folhas
Mas por enquanto ainda há guerra!