Ergui meu castelo

Ergui meu castelo

No fio da meada

Construí a minha ponte

Sobre o nada

Afiei o meu olhar

Para ver o invisível

Disse bem alto

O que nunca se ouviu

Dei voltas completas

Em torno do impossível

Conquistei sem resistência

Os reinos inexistentes

Cravei uma flexa improvável

No alvo que eu não vi

Acreditei nos contos

Não contados

Cantei solene

As canções não compostas

Depois contei lentamente

O pó das estrelas

E sem estranhar

Quase mais nada

Fui procurar no horizonte

Um caminho que não havia

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 11/05/2024
Código do texto: T8061067
Classificação de conteúdo: seguro