Ergui meu castelo
Ergui meu castelo
No fio da meada
Construí a minha ponte
Sobre o nada
Afiei o meu olhar
Para ver o invisível
Disse bem alto
O que nunca se ouviu
Dei voltas completas
Em torno do impossível
Conquistei sem resistência
Os reinos inexistentes
Cravei uma flexa improvável
No alvo que eu não vi
Acreditei nos contos
Não contados
Cantei solene
As canções não compostas
Depois contei lentamente
O pó das estrelas
E sem estranhar
Quase mais nada
Fui procurar no horizonte
Um caminho que não havia