Traptrix
Armadilhatrix, conjura inseto assim como pesticida
Emaranhado de astúcia e ignorância
Na trama da lama, sou o pigmeu atrás de tesouro
Vítimas que se escondem no covil de armadeiras
Na ausência de rimas, armo ciladas
Enredando morfêmeas sem sentidos
Minha pena é a armadilha do tinteiro
Onde quem me vê se perde se encontra
Na floresta das metáforas
Sou a tecelã de fios sutis
E a rima, minha fatalidade afiada
Captura olhos desavisados
Armadilhatrix, poeta ardiloso
Desvendo segredos, desafio o tempo
Nas entrelinhas, espreito destraços
E a palavra é meu beijo derradeiro, meu abraço