O céu do meu quintal

Solta a linha,

num vôo lúdico

de brincar com as nuvens

Para ser menino carece ousadia

de olhares que desafiam

a profundidade do céu

e mãos que desenham

silhuetas de papel de seda

no espaço,

Hoje na imensidão celeste

da abóboda do céu

Um papagaio mergulhou

entre as estrelas

e a timidez da lua minguante

Singrando entre o azul

e um sol de angústia

Naquela distância,

ali do meu quintal

o papagaio era apenas

uma nesga de sombra

guiado por passos

que não vacilavam e,

um gesticular de mãos

próprio das manhãs

agitando suas folhas

Só mesmo um menino

e o seu destemor

São capazes de voar

com os pés bem plantados,

ter impulso de ave

e a sutileza de nuvem nas mãos.

DestinoPoesia
Enviado por DestinoPoesia em 10/05/2024
Código do texto: T8060479
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