O Canto Sombrio dos Corvos

Sobre campos cinzentos, corvos espreitam,

Asas negras como a noite, mistérios que aceitam.

Em seus olhos, um brilho profundo e sombrio,

Guardiões da escuridão, num canto vazio.

Carrascos do silêncio, crocitam presságios,

Em bando, tecem sombras como enigmas sagrados.

Sobre os ramos retorcidos, pousam em desatino,

Cobrindo o cenário com um manto clandestino.

O vento murmura segredos que não ousamos entender,

Enquanto corvos esvoaçam, na noite a tecer.

Penugem negra, em suas asas agourentas,

Histórias sinistras, entrelaçadas em tormentas.

Em coros de gralhas, ecoam lamentos,

Um eco da morte, em sussurros violentos.

No crepúsculo, seus crocitos ressoam,

Um poema assustador que o medo entoa.

Assim, os corvos, mensageiros do oculto,

Guardam segredos, numa dança de insulto.

Na penumbra, sua presença anuncia o temor,

Um poema assombroso, no reino do horror.

Dáhlio Figueiredo
Enviado por Dáhlio Figueiredo em 10/05/2024
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