escandalosa vida secreta

Após o parto das águas, fecundas,

um universo se desdobra em espirais,

onde o som é uma dança de luz e sombra,

e o espaço, um ventre que entremeado de silêncio.

À beira de um lago, o ser se ergue,

entre peixes e pedras, aprendizes do sonho,

onde o sono é um mestre que ensina

a arte de carregar pedras e sonhos

até que seja acordado e saiba da vida

como ela é além das flores e dos cântaros,

e a solidez de um real que depois diz-lhe sua face,

A carne, tela viva, traz a marca

de um desejo antigo, que com dentes e língua,

esculpe rios na matéria do ser,

onde o sexo é um portal para o infinito,

para o amar, ao sagrado, do grito primordial,

A imagem, um reflexo na água do tempo,

revela a celebração oculta,

onde a forma é um enigma,

e dentro, outras margens se desdobram.

O futuro, um beijo na face do tempo,

uma boda entre o ser e o devir,

onde cada homem é um cruzamento de vozes,

eco de aventuras e falhas ancestrais.

Neste abismo, novos desafios se apresentam,

onde a soberba é um prato nunca degustado,

e os olhos buscam, além da superfície,

a essência que se esconde nas profundezas.

O sol, amante voraz, desperta a terra,

até que o ser, em chamas, abraça o ciclo da vida,

tornando-se semente de um fruto desconhecido,

partilhando o pão e o leite da existência.

Assim, entre o antes e o depois,

descobrimos que somos um raio de luz

na escuridão profunda, uma mãe severa, uma

cantora a nos entoar a outra face escandalosa,

de uma vida também escandalosa.

==============================================

Após o parto das águas, fecundas,

um universo se desdobra em espirais,

onde o som é uma dança de luz e sombra,

e o espaço, um ventre que entremeado de silêncio.

A carne, tela viva, traz a marca

de um desejo antigo, que com dentes e língua,

esculpe rios na matéria do ser,

onde o sexo é um portal para o infinito,

para o amar, ao sagrado, do grito primordial,

À beira de um lago, o ser se ergue,

entre peixes e pedras, aprendizes do sonho,

onde o sono é um mestre que ensina

a arte de carregar pedras e sonhos

até que seja acordado e saiba da vida

como ela é além das flores e dos cântaros,

e a solidez de um real que depois diz-lhe sua face,

A imagem, um reflexo na água do tempo,

revela a celebração oculta,

onde a forma é um enigma,

e dentro, outras margens se desdobram.

O futuro, um beijo na face do tempo,

uma boda entre o ser e o devir,

onde cada homem é um cruzamento de vozes,

eco de aventuras e falhas ancestrais.

Neste abismo, novos desafios se apresentam,

onde a soberba é um prato nunca degustado,

e os olhos buscam, além da superfície,

a essência que se esconde nas profundezas.

O sol, amante voraz, desperta a terra,

até que o ser, em chamas, abraça o ciclo da vida,

tornando-se semente de um fruto desconhecido,

partilhando o pão e o leite da existência.

Assim, entre o antes e o depois,

descobrimos que somos um raio de luz

na escuridão profunda, uma mãe severa, uma

cantora a nos entoar a outra face escandalosa,

de uma vida também escandalosa,