Furor

Ei estrela querência,

Do brilho majestoso,

vibra o canto fenil,

Amanhece da noite febril,

Amor é jogo insidioso,

Que venteia carência.

Na terra dos desabrigados,

Nos ombros o que traz,

Lute, besta selvagem,

O dó harmonizando a trairagem,

Amaram a guerra, a paz jamais,

Do pó e da ira, incendiados.

A dor que caía,

Também despenca,

Deixem os muros,

Não se joguem nos vales escuros,

A solidão bate, espanca,

Oh razão que fugidia.