Tremula a última
tremula a última
estrela da manhã
num cintilar cardíaco
de batidas sintáticas
o sol espalha gotas
pelo mar
despe a madrugada
de seus véus
ao ruflar de asas
um sorriso se abre
em auras cibernéticas
e pousa na janela
na ponta dos dedos
sinestesia da paixão
bebo-te num gole de palavras
ausculto tua imagem
leio teus lábios
toco-te pelas teclas
voláteis lembranças
dulcíssimas sensações
acompanham o dia
a espera de um novo pouso
na próxima alvorada