Viver é perigoso
Nos basta com o aviso da morte
Pensar que do terreno pantanoso
Não nos livra a pretensa sorte
Desejo flamas fagulhas
Minha luta me une a tuas
Fomes iguais de justiça
Nossas mãos que não sejam
Poucas
Que façam do enlace a corrente
Livrem-nos do medo que asfixia
E da morte cotidiana escorrediça
Falemos com olhos flamejantes
E com corações combatentes
Que nunca sejamos fugazes
Que o amor nos torne sementes