Viver é perigoso

Nos basta com o aviso da morte

Pensar que do terreno pantanoso

Não nos livra a pretensa sorte

Desejo flamas fagulhas

Minha luta me une a tuas

Fomes iguais de justiça

Nossas mãos que não sejam

Poucas

Que façam do enlace a corrente

Livrem-nos do medo que asfixia

E da morte cotidiana escorrediça

Falemos com olhos flamejantes

E com corações combatentes

Que nunca sejamos fugazes

Que o amor nos torne sementes

Julio Urrutiaga Almada
Enviado por Julio Urrutiaga Almada em 05/05/2024
Código do texto: T8057007
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