GÍRIA VERMELHA

Guardados feito bichos, caraí de prisão

Realidade dolorida, infinito grilhão

Correntes pesadas, gosto de fel

Amarguras infinitas, inferno cruel

Nova sociedade, eis pelo que luto

Palavras-libertação, luz no escuro

Enfrentando um sistema, podre e corrupto

Sou fera incontida, alienação eu destruo

Minha voz ecoa, rap-porrada-rebelião

Versos afiados, armas em minha mão

Não me calo, não me entrego, não me rendo

Sou grito, sou luta, sou poesia ardendo

03.05.2024