Prosinha de arvoredo
Por entre as flores silvestres, miudinha e anônimas, escondidas pelos caminhos, sentindo o cheiro doce da terra molhada, vai, sob o brilho dos raios de sol, o olhar vai descansar nas gotas de orvalho, e no arvoredo segue... quase perdida.
A força da emoção faz a viagem mais bonita, e ali é que a paz se encontra.
Vivendo a plenitude do só! Em sua própria companhia.
O vento segue apontando as folhas do mato verde, folhas molhadas, ressaltando com nitidez as pétalas das flores vivas, e das margaridas que tão brancas, tão lindas, vão salpicando em mágico toque delicado a paisagem, alma vibra, causando ao tempo, espanto e encanto, como se a vida estivesse estendendo os seus braços e assim faz despertar o abraço que a mim, alcança.
Mostra algo estranho e novo, arrancando antigas ilusões perdidas na distância.
A curva finda num beco sem mais saída, já bem mais adiante, noutra via, voltas, e reviravoltas a vida ilesa, apenas acontecia...
persistente por ruas vazias, a vida é a estrada ingênua que outro dia, do futuro nada sabia, e assim à revelia, agora... apenas ia, ia sem sobra de tristeza, com o coração verde de tamanha esperança.