Que haja sonhos
Que haja sonhos
E que eles possam
Ser um dia
Mais que sortilégios
Quiçá alegria
Que passa sutil
Pelo meio
Do dia deixando
Nos caleidoscópios
Que rugem marés
Inconsequentes
Que vagam
Pelas margens
Incongruentes
Onde as palavras
Sufocadas
Reluzem
Suas pequenas
Pontas sutis
Que fazem
Sangrar
Marcantes
E curiosos
Que se arriscam
A por um dedo
E nelas tocar
Sem ao menos
Saber o significado
Da incoerência