Áxis

Como o castigo de atlas

me esmaga o peso

do desejo e das dores

do mundo

desconheço

o fármaco ideal

a cura final

para tal samsara

mas algum poeta

numa ode a precoce

fragilidade humana

já informava

“sou bem moço

pra tanta tristeza”

portanto

sendo moço

eterno moço

divido a vastidão

do incógnito

temor ao tempo

e as correntes

que sustentam

o mundo

com o meu

mais perfeito

e caótico

equilíbrio

Pois em pleno

bloco histórico do

ódio e do medo

não é segredo

que tem-se sempre

que andar amado.

Rangel Paiva
Enviado por Rangel Paiva em 01/05/2024
Código do texto: T8053877
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