Antologia
Estrelas dançando sem cessar
Invocando espíritos desconhecidos
Meu corpo é o primeiro a reclamar
Quando minha mente mantém desejos reprimidos
Devorando cada minuto pela última vez
Reconheço a vida mesmo depois da morte
Já não sou eu que caminho pelos vales da lucidez
Minha alma agoniza com o mais preciso corte
E lá se vai a primeira esperança
Vagando pela correnteza, uma doce armadilha
E as estrelas continuam sua dança
Enquanto a noite é a única que brilha
Eu vou testemunhar o temporal
Enquanto do silêncio vier a verdade
Eu vou oscilar entre o bem e o mal
Enquanto minha alma conhecer apenas maldade
Notas vagando pelo som do violino
Chamando meu nome na mais pura oração
Enquanto eu dormir estarei à salvo do destino
Livre de minha própria imaginação
E lá se vai a última esperança
Agarrada na ânsia de sobreviver
Meu peito arde ao toque da mais ávida lança
E nem mesmo a paz pode me socorrer
Esta foi a escolha que eu fiz
Minha vida se mantendo por um triz
Nas ciladas que a escuridão me traz
Esta é a mais doce ilusão
Minha mente cai em alucinação
Perseguindo tudo que eu queria ser...