Solitude
Cansei de caçar borboletas.
Deixei para trás essa doce ilusão de esperar por alguém que nunca chega.
Abandonei os disfarces, as máscaras que ocultavam quem eu realmente sou, evitando pseudônimos de pessoas falsas. Hoje, minha espera é só por mim mesmo. Aguardo-me pacientemente nas estações do tempo, guardando-me dentro de mim.
A escuridão já não é mais do que um suave abajur ao meu lado.
Aprendi que, às vezes, é necessário me fazer ausente para me encontrar verdadeiramente.
Cansei de estar sempre presente para você, enquanto eu me perdia no processo.
Agora, sou o protagonista da minha própria história.
Nas páginas do tempo, eu escrevo meu destino, traçando caminhos que me levam à minha própria essência.
É hora de me reconstruir, de me redescobrir, de me amar primeiro.
E, assim, no silêncio da minha própria companhia, encontro a verdadeira paz e plenitude.
***
Giovanni Pelluzzi