Nas fissuras da noite

Nas fissuras da noite

Os homens procuram respostas

Por que suas obras sempre

Estão à volúpia do tempo expostas

Caminham por longos trajetos

Deixam no campo dejetos

Erguem castelos e muros

Mas nunca se sentem seguros

Pois nada do que fazem

Permanece

Tudo o que plantam

Fenece

Quando menos esperam

Anoitece

E seguem seguindo os deuses

Aos quais supõe existir

Mas logo sucumbem seus ossos

E outros seguem a refletir

O que será que nos cabe

Em nosso breve existir?

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 29/04/2024
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