Tu - Maltrapilho de tu mesmo

As cinzas frias do teu raso olhar

Que finge ver e nada enxerga

Os bolores do teu olhar pequeno

que superficializa o dogma digno dos teus nós

As linhas retas que enviezam o teu olhar ligeiro que só capta a frieza de tua alma gélida, insossa

Ah, os nós do teu olhar infértil,

desértico

Ah, os vermes do teu olhar

anestesiado, empoeirado, solapado

Ah, o teu olhar

deitado no degredo martelo da tua pseudo consciência apalpada nos vieses das despoesias que te cercam

Fabrico inerte de torcidas caolhas,

Tu maltrapilhos - pelegos de plantão com aplausos surdos , mudos

Ledo engano de tuas esquinas

Logradouros de grife de lama podre sem estrumes

Destruindo - tu !

Sem o gozo dos poetas

Sem o gozo dos poetas

Sem o gozo dos poetas

Tu - lápide tosca

Roto desvio

de tuas engrenagens

Ávidas ácidas como o azedume do teu olhar seco maltrapilho de tão tu mesmo

(raicarvalho)

29042024

tarde

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 29/04/2024
Reeditado em 29/04/2024
Código do texto: T8052438
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