Suaveza

E o líquido escorria

arrepiado a superfície ávida tensa

Em arrepios

E o líquido escorria lentamente

E gotículas caiam lentamente

Reagindo ao ar quente em teimosia

E o líquido rubro escorregadio

Líquido macio, suave leveza arredia

Ah, esse líquido cor sangrenta

Que alumia a alma e ilumina o coração

Ah, esse líquido macio...

Degustando com a loucura

A nervura das horas

A tensão sem demora

De beber líquido

De lamber líquidos

De sugar líquidos

nas curvas suaves e macias

Da protuberância dos teus seios

Na maciez de degustar solúvel

E a zonzura

tecida

E a tontura

como arranhuras

E a suaveza

como nervura

E a beleza por entre os poros da minha maestria que faz a minha alma explodir - se por dentro

Estilhaçar - se inteira

Como os eventos na sedenta avareza de ser ventania

O líquido escorregadio

Quente !

Úmido!

Macio !

A arrepiar o acesso da tua pele inteira

Poros - pele irrigados

Úmidos

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 27/04/2024
Reeditado em 28/04/2024
Código do texto: T8051200
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