Estrada consoladora

Recolhido na tímida memoria,

busco no caminho a decência,

o regalo que o passado não esqueceu.

Adormeço na ventania que corta a pele apetecível,

o ouvido letargo pela nostalgia do passado,

pela cegueira do desdém que ojeriza na história.

O silencio da resenha contada em lenda,

na contrafação do segredo a ser revelado,

é o sentido exato do tempo perdido.

Olvidado na estrada consoladora,

na fala apressada e sonhada,

no final feliz do arremedo recuperado.