A MINHA VÍTIMA
A MINHA VÍTIMA
Foi preciso e direto como o vento
Que vem de noite e leva um perfume
Que poderia ficar perdido e preso
Seguido de nuances formosos de luz
Delicada num somente nós dois
Enquanto ainda tivéssemos fôlego
p'ra lutar contra os desejos ao
que vejo no sonho seria eterno porém
somente aquela noite seria.
Foi criando vazios no jardim denso
No balançar de arbustos num susto
Repentino de acordar no meio de
Imensos estranhos destinos existindo
Sem que o sentido da pele arranhada
Do gosto que deixei na fúria de agarrar
Seu último líquido salgado pudesse
Responder que éramos perdidos
Mas éramos da mesma falta desde
A primeira bebida que ouvida no
Interior do corpo queria arder junto
Acender o quarto depois do corredor
Até o Mato e morrer de lua nos
Cabelos molhados refletidos de fel
Da última ceia que servi promiscua
Fiquei nua e traída de mim nas folhas
Na grama na cama onde misturei
Aquele traje embebido de loucura.
MUSICA DE LEITURA: NOCTURNE No. 19 Em, Frédéric Chopin