Anastácio
Jovem menino altivo
De vontade acesa
Nos cenários da vida
De lisonja alegria
Anda sem noção nem medo.
Cancioneiro do fanque
Nas altas madrugadas
Não vê o chão enluarado
Tudo parece muito breve
Inclusive a vida exarada.
Juntam- se para as festas
Eclode, desenham solução
No capacho, tapete amarelo
Nada é real, o mundo uma bolha.
A loucura está no olhos
No pensamento, na força
Que vem do vento, frágil, mui
Frágil a afirmativa
Que tudo pode, nada não.
Ser moderno é não se encantar?
Ser moderno é só ficar?
Ser moderno é só se contrapor?
Ser altivo para nada serve?
Pobre jovem Anastácio
Que nasceu no rancho fundo
De pensamento profundo
Mas morreu na busca
Da sobrevivência vagabunda..