Um Vento Alaranjado

E o vento veio e me derrubou,

qual xícara que cai de sobre a outra

pela mão de luz do Sol.

 

Despenca e estatelada fica,

quieta, inerte... ao chão...

 

Hoje fui essa xícara que caiu

para que outra

servisse o chá de longas distâncias.

Desmoronada, chorei minhas ânsias...

 

Ah! Um vento alaranjado

em mim bateu e tombei...

vazia... "nada" tinha em mim...

"nada" transbordei, derramei...