CASA DA MINHA INFÂNCIA

A casa da minha infância

Era sempre alegre

Não tinha exuberância

De riqueza material

Era um casebre

Ao olho carnal

Tinha, porém, abundância

Que dinheiro não paga

Minha vó e sua risada larga

Janelas do quarto

Recebendo o nascente

A lua entrando na porta da frente

O cheiro de alfazema suissa

Que meu pai usava

Depois do barbear

Ficou na memória como fragrância

Do tempo que insiste em não voltar

A casa da minha infância

Agora é verso, é prosa,

História boa de contar

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 24/04/2024
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