CASA DA MINHA INFÂNCIA
A casa da minha infância
Era sempre alegre
Não tinha exuberância
De riqueza material
Era um casebre
Ao olho carnal
Tinha, porém, abundância
Que dinheiro não paga
Minha vó e sua risada larga
Janelas do quarto
Recebendo o nascente
A lua entrando na porta da frente
O cheiro de alfazema suissa
Que meu pai usava
Depois do barbear
Ficou na memória como fragrância
Do tempo que insiste em não voltar
A casa da minha infância
Agora é verso, é prosa,
História boa de contar