A Tristeza do Menino



O menino regressa trazendo perdizes
Aves mortas que amenizarão sua fraqueza.
Com o rosto corado por várias matizes, chora
Perdido, quer matar sua fome e sua trizteza.

Oh! criança desamparada, de pés descalços
Grande é a tua dor, infeliz e dura é a tua sina
Coloco-me em teu lugar, nessa vida de percalços
Em que vives só, abandonado, numa infeliz rotina.

Não deixe de sonhar, minha doce e aflita criança... Siga!
Deus está te acompanhando e irá te amparar, te ajudar
Corra para sua casa, entregue a sua mãe o alimento

Não se assuste com a vida que te castiga no momento
Tudo passa e o poder divino com certeza te alcançará
Creia, findarão tuas lágrimas e teu lamentável tormento!

Niterói/RJ, 23/11/07

Participção na Ciranda do Grupo ECOS DA POESIA - AS LETRAS DA PINTURA