Poços de "liberdade"...
Do que depende, minha liberdade?
Que é presa, amarrada, humilhada, por cima dos outros...
Cada um, tem seu poço...
Compraram, aquele pedaço que lhe disseram, empurraram, barganharam...
Pelo o que se faz, a minha prisão?
Que de tão livre, enxerga que os falsos paraisos, sairam derrotados, sem nem saber...
Sem nem saber da catástrofe, do "umbral" que criaram em si, em tais...
Nas lamas, repetidas, espalhadas, banhadas da miséria...
Não, não é o que suja no pesar do corpo, que apavora, é o cemitério que enterra o que estaria por trás...
E nas mentes tão inquietas, se nada amarra, há qualquer sensibilidade que de tanto que mata, faz mostrar tanta espiritualidade...
Faz sentir, que a amargura do que limita, é o pior inferno...
E não te contaram, e não te disseram...
E nem vão...
Uma vez que, a estúpida prisão não tem audácia, não tem vida, não tem sonho, não tem respiração...
Porque, tudo o que é mentira não respira...
São as armadilhas, que espantaram a lucidez...
É na altivez, do doido sem loucura...
O único, que se esqueceu que é "gente"...
E por tal, não fez correntes...
É o que desaba...
É o que te acaba...
Por tanto, desconsagra..
E o tolo, foi aquele que viveu até o fim...
O fim de quê?
De não querer morrer...
Por desesperar, na corrupção de tudo...
Por se abater, na prisão mais livre que já viu...
E de tanto ler os pesares, dos que pensem que tudo acabaria por aqui...
E agora enlouquecidos, enfraquecidos, e sem lei...
É o "umbral" da vida...
Que vaga entre os cantos, mais duros, imundos, sujos...
É a miséria, que tanto apanha...
São os restos vivos, dos que andam, falam, mas não sentem...
É a toda vida, que contínua, quero perceber até onde vai...