Na solidão
Na solidão, faço versos,
E coisas libidinosas.
Penso em sonhos perversos,
E nos perfumes das "rosas".
Na solidão, sou contrito,
Das coisas que eu não fiz.
Ora calmo, ora aflito,
Ora triste, ora feliz.
Na solidão, sou poeta,
Um exímio pensador.
Faço tudo em minha meta,
Sem o rude contendor.
Na solidão, sou um bardo,
Eterno versejador.
Um utopista bastardo,
Mas não carrego rancor.