A dama de vermelho

Uma visão,

Tão perto,

E tão distante.

Foi apenas um instante.

Toda de vermelho,

Olhos vidrados,

Batom,

Da cor do meu mais incontrolável desejo.

Os pés bailavam,

Para meu desespero em não saber dançar.

Ao som de Zeca,

E o salão livre,

Cerveja gelada,

Completa meu apetite.

O samba me entorpece,

Imagem de uma tríade,

És deusa?

Humana?

Munição?

Para qual calibre?

Alvejado pela elegância que valsa,

Não sabes,

Mas sou teu,

E me pertence,

Em pensamento,

Lubricidade falsa.

Magnetismo que aprisiona,

Presa pela lente,

Não há mais volta,

Oscilo entre a razão e o devaneio,

Em ter aquele breve momento,

Em desespero,

E em pensamentos,

Àquele momento,

Minha mente retorna.

Que os ventos de Oyá me levem a ti,

Que nossos caminhos,

Se cruzem,

E minha procura,

Chegará a um fim.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 22/04/2024
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