Desculpa
Sinto se não joguei bola contigo,
Se não te ensinei a dirigir...
Se não te mostrei onde havia abrigo,
Se não te disse onde deveria ou não ir...
Não te vi evoluir ou crescer,
Não perguntei se namoravas...
Nem ao menos pude me aborrecer,
Por não saber com quem ou onde andavas...
Se havia perigo no teu modo de viver,
Se não te falei sobre o uso da camisinha...
Se não te expliquei como se portar e crescer,
Se achei que sua vida não era a minha...
Me entendia isento de interagir, educar,
Mas ao menos dava minha contribuição...
Que era pouco, quase que só para se alimentar,
Ao menos o arroz, macarrão e o feijão...
Não faltava em sua morada,
O amor, respeito e consideração...
Essa parte deve ser enaltecida e lembrada,
Sua Mãe foi força, fé e dedicação...
Tive sorte ao saber,
Que para a vida ruim não te perdi...
Havia sempre sua consciência para dizer,
O que fazer ou não fazer, ou onde andar, onde ir...
Desculpe se fui ausência,
E peço; de algum modo abstrai...
Desculpe a parte ruim da experiência,
E que isso te ajude a ser um bom Pai...