Fugindo da violência
Se vivo eu morro,
Se morro, não posso viver...
Peço ajuda, peço socorro,
Preciso me proteger...
A violência me atinge,
Sem nenhuma consideração...
Acho que todo mundo finge,
Que não é real essa situação...
Fogo cruzado,
Ouço uma oração...
Vejo muitos olhos vidrados,
Raiva, medo, suor e tensão...
Som de bombas, tiros,
As balas passam sem alvo certo...
Naquele momento me viro, me inspiro,
Me sinto de Deus mais perto...
São segundos, minutos,
Não sei expressar...
São eternos, são muitos,
Momento que não quer passar...
Não existe beleza ou elegância,
Cuida ou arrogância elevada...
Em última instância,
Todos aqui, são quase nada...
Os passageiros aflitos,
Sentem sua vida passar...
Muito desespero, choro, gritos,
Sem saber se a vida vai continuar...
A violência me empurra,
Maltrata e joga no chão...
O pensamento sussurra,
Fuja do olho desse furacão...
Se certo ou errado fugir,
O tempo é quem vai dizer...
Mas a intuição devemos seguir,
Quando se pensa em viver ou morrer...
Se existe opção,
Não nade contra a correnteza...
Siga a mente e o coração,
Reconstrua sua casa, sua fortaleza...
Não importa em que lugar,
Não importa a qual distância...
O que importa é preservar,
A qualidade de vida, a infância...
Não tenha medo de errar,
Tenha medo é de não poder fazer acontecer...
Queira somar e materializar,
Amor, conforto e bem-viver...