A bromélia
Como uma semente, germino
Me espalho e cresço continuamente
Mas sou rapidamente podado
Cortam e limitam-me a um pequeno espaço.
Por quê? Se minhas flores são tão belas
Disseram que eu estava dando trabalho
Mas então por que permitem as ervas daninhas?
Elas não dão flores, nem frutos, e nem crescem.
Estava eu, tão adubado, protegido contra pragas
Não me preocupei quando choveu, meu substrato estava impecável
E você me semeou com tanto amor e carinho, isso muito antes de eu amadurecer
Eu cresci e estava ali tão chamativo e você se incomodou.
O mato continuou lá, intocado
Está tomando conta de tudo e ninguém se importa
As ervas daninhas já estão cobrindo as árvores e você nem notou
Só percebeu quando perdeu a safra.
Só percebeu quando os musgos secaram e minha ausência deixou seu jardim sem vida.
Eu era perigoso? Só porque eu tinha espinhos?
Aquelas ervas daninhas tinham algo pior do que qualquer planta com espinhos... A falsa aparência inofensiva.