MINHA CANÇÃO DO EXÍLIO
Outrora foste para mim campos floridos
Na relva verde de primaveras mil...
Um belo sonho rendilhado em lírios
Em cravos brancos qual jardim dos céus...
Eu era a rosa que perfumava a brisa
Tu eras o orvalho que banhava a natureza!
Mimo de bonança... Berço onde eu nasci!
De esperanças onde vivi a juventude
Desde a infância foste sol de esplendor
Em braços fortes fiz de ti dor e saudade!
Tu fizeste do meu coração um hino
A mais bela canção que ouvi tocar
Aos poucos fui de ti sem sol partindo...
Em outras plagas fiz meu teto, o meu altar,
Em outros braços estranhos como a noite
Tornou-se mar, os meus dias em solidão!
Eu quis voltar ao teu seio materno
Em busca de guarida, conforto e paz,
Fitei teu sol, os teus campos, tuas estrelas...
Na amplidão onde se esconde o teu mistério
Em vão tentei regressar, mas não quiseste!
Hoje, distante eu imagino-te bela!
Como outrora, tu serás sempre querida,
Se és perfeita? Não importa, és minha Terra!
Terra natal! Foste minha e és ainda...
Embora longe, queira Deus ainda volte,
Se tu me esperas em vitoriosa glória
Hei de honrar o teu nome.
Hás de honrar o meu?
Onde estiver permanecerei fiel a ti...
Hei de morrer nos teus braços volvendo
Hei de ressurgir na tua sombra vivendo!
Uma Homenagem a minha terra natal - Campina Grande - PB