Asas caídas

 

 

Foi um sonho, que com força despertou.

E no percurso, à revelia da realidade…

Recuou.

 

Tristemente, confesso; 

_ Quanta felicidade me causou.

 

Aquele sonho

sem asas, foi... foi, ouvindo os ventos

sem querer lembrar o que passou...

 

E que nunca se realizou.

Retirando do peito sentimentos.

 

Aprumou o passo, desentortou o labirinto

que ao longo do caminho foi errando…

Errando por querer acertar!

 

Não foi tão fácil; _ Esquecer das dores

que até hoje existe.

 

Enquanto sonhamos,

a vida dá ilusões,

e tudo parece mais suave, mais leve…

 

Ilusão é sentimento que vem, aumenta,

e depois se esvai feito as águas do rio,

dela, despertamos sozinhos, e vazios.

 

Seguimos nós, errando e às vezes até acertando…

Como uma  tola ilusão…

 

E vamos pela vida, sempre sonhando.

 

Quando a ilusão  termina, aos poucos vai batendo

mais fraco, um coração. 

 

Quando você deixa para trás, o mundo

de ilusão, é difícil parar ao longe,

voltar-se para contemplar tudo o que desejou.

 

Com a alma e as asas caídas, sem fé,

sem forças, vai... tentando se firmar no chão.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/04/2024
Reeditado em 19/04/2024
Código do texto: T8044570
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