DO SOFRIMENTO
DO SOFRIMENTO
Para você, agora, o meu respeito.
Porque reconheço que nunca o dei.
Porém tudo que já me deu, eu aceito...
O que sim e o que não cicatrizei.
Aceito a dor que não doeu direito;
Num doer, assim, fora da minha lei;
Sabendo que, no tribunal do meu peito,
Um dia eu vou saber o que não sei.
Aceito o poço profundo da dor;
E, nele, a poça de humilhação...
Todos os olhares que diziam : "não !";
E ouvidos surdos a um "por favor!"...
Aceito o eu antigo sofredor;
Aceitando, do eu novo, o perdão.
Torre Três ( R P )
18_04_24