METADE
Metade de mim quer ser livre, quer voar...
Seguir, de asas abertas, rumo do sol...
Quer cantar como um pássaro, em mi bemol
melodia sem igual do verbo amar
Outra metade, porém, tem consciência
De que nem sempre voar nos é possível
E sabendo que o sonhar é impossível
Conformada então se vê, com a penitência.
Metade de mim, mergulha neste azul
Do céu tão lindo do Rio Grande do Sul
E suspira pelos hinos da fronteira
Outra metade se aquieta, conformada;
E ela sabe que por mais que queira a estrada
É das montanhas de Minas prisioneira...
BH – 09.07.02