Um tempo para amar.
O amor se mostra nas seis dimensões na presente do ser.
Amar alguém, gostar de alguém demanda tempo.
Hoje o ser humano ganhou muito tempo nos afazeres.
Já não se lava roupa no tanque, as contas são pagas num click.
As comidas vem prontas, e os micros das ondas poupatempo.
Mas o ego do egocentrismo, e a ambição efêmera corrosão.
Corrói os tempos poupados sendo gastos nas mídias da ilusão.
E então gastamos o tempo no ter, invés de aplicarmos no ser.
No ser presente na vida de quem só guardamos no coração.
No ser o socorro presente na das vidas que importante são.
No ser o calor do toque, não na telinha, mas na mão na mão.
No falar; eu amo te, não eletronicamente, mas dá boca ao coração.
No investir um tempo, na qualidade da, humana atenção.
Mas entretido e cego nos perdemos no egoico entretempo.
Onde as desculpas de não tenho tempo, é contratempo.
E de repente a pessoa amada morre na impiedosa linha do tempo.
Então choramos por não ter amado com atos e presença no Atempo.
E agora temos um bom tempo para chorar, pois no tempo não soubemos amar.
(Molivars)