Tomei-te o sangue onde os campos ardem.
Tomei-te o sangue onde os campos ardem,
tomei-te a raiva,
tomei-te o corpo.
Eras tanque,
saliva,
cama. Eras sangue.
Lavrei-te os campos onde os corpos ardem.
Tu pedes
e eu construo o absurdo,
sei lá, coisas extremas onde mergulho e lambo.
Queria ser musgo, teu fardo.
Vem-te, vem
e não digas da espera nem contes do frio e depois e antes
caíndo sombras.
Rios de sempre, um grito dentro, apenas dentro, onde mais se é.