Ora, quem me sabe?

Os arautos de além mar,

ao colher oleandros...

Os filósofos de Vladivostok

e suas expansões territoriais.

Pensadores em Macaé

ao se embriagarem 

na Eusébio de Queiroz?

Quem sabe os títulos poéticos 

que nunca quis, ou persegui.

 

Digo-lhes, 

ninguém me sabe.

Nasci a sudeste da Guanabara,

da tal cosmopolita cidade.

Navego ao nada...

Com imensa verve

de entrega do espírito. 

Não pertenço 

a vãs  filosofias...

Anima-me, o desconhecido. 

 

Niterói, 17.04.24 - (p/MC)