paisagens
Não é dessa leva que teu
Olhos saberão de tua imensidão
Senta e ouve o vento que desprende
Das pedras, alia-se à esteira onde
Teus sonhos, impregnados de medo, não
Suportam a ingratidão impertinente
Que te fizeste olhar para o abismo,
Onde a paciente tormenta o catalogava
Como uma diáspora distante, senhor sobre
O engasgo, da ferida, ainda que sangre
Sobre o altar da noite, sabe de cor as
Voltas que a vida se faz ela mesma, então
Tu já sabes, nascido, uma saliência no
Vácuo escuro, o dilema a dilacerar o curso
Do rio, flores a deixar a margem mais linda
Que tuas incursões pela cartografia, desejo
Sobre a carnificina jamais encoberta, e tu não
Sabes do descampado que, em sua fonte, uma floresta
É vento na esteira de seu nome, enquanto tu esperas
Outra forma de redenção, e não essa, em que, exausto,
Desfilas remontando as paisagens.