brevidade
A janela, severa, ingrata pela brevidade,
Deixa-a como a vida a destaca, recolha
Os lençóis já usados, tenha em mãos de sua vida primeira
Um amplo retrato, onde o gozo não vaza, mas encarna
Na imensidão que a pele contorna, extraído do manuseio
Do tempo, onde fostes tudo que pudestes ou que a existência
Tenha revelado como vida, essa comunhão de cores, embora
Às vezes embaçada, cujo gosto vacila conforme a boca de cada
Papila na língua de olhos molhados inscreve, ternura na truculência
Extrema, tumulto de muitas entradas e saídas sempre contadas, ande
Mas não conforme o ritmo, emboca o pulso seja um bom exemplo, saiba
Articular o movimento de um louva-deus, e a luz, saiba acendê-la na
Beirada da noite, onde as trevas respingam em cada gesto que lhe escapa
Do coração, atreva-se perante essa mulher a recolher os cacos que, tragados
Pelas virtudes, são pedaços de significados a falar de uma vida sempre
Misteriosa, e saiba das trevas, essas invencíveis esfomeadas do corpo, não
Como o bracelete, extremo e indigno, mas quarteirão que bebe à luz com
A gulodice dos apaixonados, porque o são para que seja esclarecido, ainda
Que becos desnorteados não conversem com a rua mais publicada