Para um poeta surdo
Que não seja ouvida a rima
Pois a doçura se mudou de lá
Letras sem som, corpo sem sombra
Um vácuo sem pó, alma sem dó
Restou o uivo solitário da vontade
Um pouco do olhar frio da saudade
E um silêncio de granito branco
Como testemunha do ocaso