Para um poeta surdo

Que não seja ouvida a rima

Pois a doçura se mudou de lá

Letras sem som, corpo sem sombra

Um vácuo sem pó, alma sem dó

Restou o uivo solitário da vontade

Um pouco do olhar frio da saudade

E um silêncio de granito branco

Como testemunha do ocaso

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 16/04/2024
Reeditado em 16/04/2024
Código do texto: T8042825
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