PARA SEMPRE

pousei na noite onde dormias

no travesseiro ao lado do teu lado

e ousei ser abrigo de telha vidro

a deixar entrar-te gomos de lua

deixei-te mais serena e sem serenidade

do sobressalto que emerge como sol

a pintar salpicos de tremura na pele

e a adensar os olhos graves de ternura

pincelei as paredes da aurora

com matizes de braços rombos

para que me colhesses resenhas

de abraços, arcos de íris a borbulhar

deixei-te as vozes do sossego

a embalar-te em astro(s)lábios

e não saí, sem chegar

ao ponto onde ficámos para sempre...

15-04-2024

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 15/04/2024
Reeditado em 16/04/2024
Código do texto: T8042145
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